Nem tudo é o que parece #25 (Especial - Frank: O Caçador)


Bem, esta não é uma auto-biografia, não quero cansa-lo com minhas várias aventuras mundo afora - principalmente com as que não envolvem meu trabalho. Exerço uma peculiar profissão escondido de certas pessoas que me dão seus valiosos votos de confiança - sim, as ditas "normais". É como um super-herói tentando manter sua identidade secreta como ela exatamente deve estar. Uso um codinome chamado Frank, então, obviamente, as pessoas que comigo trabalham não sabem meu verdadeiro nome... e nem mesmo você irá saber, mas acho que posso pensar nesse caso. Me aventuro pelos quatro cantos do mundo, recebendo inúmeros chamados por dia - não vou apontar um número exato de quantas ligações recebo, isso é trabalho da minha assistente, Carrie, mas ela não fará isso pois não tem espaço pra ela neste texto (Brincadeira Carrie, reconheço seu valor, adoro você).

Possuo uma certa fama de versátil, sou bom em manejar várias armas, dominar diversos métodos... e matar incontáveis criaturas de diferentes espécies. Dia após dia, adentrando em florestas no encalço de monstros, protegendo famílias, invadindo casas mal-assombradas, colecionando objetos amaldiçoados, exorcizando demônios em igrejas e templos sagrados... Pois é, trabalho duro reflete uma vida dura.

Mas sabe de uma coisa? Eu adoro isso. Não só de caçar seres malignos por toda parte e correr riscos o tempo todo... mas também de ajudar as pessoas a lidarem com o sobrenatural do modo mais encorajante possível.

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Eu estava em meu gabinete com minha assistente e consultora pesquisando lendas na internet quando o som do telefone destruiu o silêncio da sala completamente.

Atendi. Era uma garota pedindo ajuda. Sua voz era grave e angustiada.

- Alô!? Ei, por favor, será que pode vir até aqui? Eu... estou desesperada, não sei bem o que aconteceu... o carro tá pegando fogo, foi tudo rápido demais!

Eu sinceramente não entendi por que alguém ligaria para mim relatando um caso que não chega nem perto do que enfrento dia e noite... ainda mais um acidente que aparenta ser tão trivial.

- Minha querida, escute com atenção. Nós não lidamos com esse tipo de ocorrência. Sugiro que chame a polícia ou uma ambulância se estiver ferida ou caso alguém tenha morrido.

- Você não tá entendendo! - ela gritou. - Alguma coisa estranha causou esse acidente!

Ela começou a choramingar no telefone depois daquela frase.

- Tudo bem, tudo bem. Só me informe onde está!

Ela disse tudo em detalhes e rapidamente me encaminhei até a estrada.

A polícia já estava lá e o caminhão que levava um corpo para o necrotério já estava pronto pra sair.

Fui até um policial fazer algumas perguntas. O carro estava completamente destruído e em chamas.

- Onde está a garota que pediu ajuda?

- Ué, quem é você? - perguntou ele, me olhando estranho.

- Sou um detetive paranormal. - mostrei meu distintivo e ele pareceu querer rir da minha cara, mas depois se conteve já que estava diante de uma fatalidade. - Onde ela está?

- Tá morta. - respondeu ele, dando de ombros.

Foi então que liguei os pontos. A garota que me ligou havia morrido no acidente... e aquela voz não era dela, mas sim da coisa que cometeu o incêndio no carro se passando pela vítima. 

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Mais um dia de trabalho e o telefone tocou assim que atravessei a soleira da porta.

Era a chamada de um cara que alegava ter comido algo e estava passando mal. Também disse que sua barriga não parava de crescer.

Fui até a sua casa... mas acabei chegando tarde demais. A sala inteira estava banhada em sangue e resquícios de entranhas e vísceras por todos os cantos, além do imenso fedor.

O corpo do homem estava no centro... o abdômen totalmente rasgado, parecia uma cratera funda.

Após uma verificação rápida, constatei que ele era obeso, sua pele estava flácida... como se sua gordura tivesse sido sugada. Mas não era exatamente isso.

Do seu corpo até a janela quebrada da sala vi uma trilha de pegadas de algum animal com garras enormes. Conclusão: A "mãe" morreu no parto de seu "filho". 

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Há algum tempo atrás eu tinha recebido uma chamada de uma pessoa que estava em frente a uma igreja e relatou a situação macabra. Todos os fiéis aparentemente enlouqueceram e estavam se violentando dentro da igreja com socos e chutes.

Me dirigi para lá depressa. Sobraram apenas três cristãos se esmurrando aos gritos. Eu reconheci aquele tom de voz... e logo saquei meu revólver com balas carregadas de sal. Recitei o rito de exorcização e só um deles caiu no chão.

A primeira coisa que pensei foi: "Ótimo, uma igreja infestada de vários demônios.".

Foi então que o reverendo veio até mim e de repente todas as pessoas que encontrei caídas e ensanguentadas se levantaram simultaneamente. Ela mostrou aqueles olhos pretos horrendos.

Todos ficaram ao lado dele e disseram ao mesmo tempo:

- O que está esperando? Venha me enfrentar de uma vez!

Aquela era a primeira vez que lidei com um caso daqueles, mas fingi não ficar impressionado. Como o tom de voz era o mesmo... concluí que não passava de um demônio que se multiplicava e poderia possuir várias pessoas ao mesmo tempo. 

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Após alguém desesperado ter me ligado sobre dois assassinatos brutais, as informações me conduziram até um teatro bem requisitado e elegante.

Enquanto o vigia me levava para a cena do crime, ele me contava sobre o que testemunhou. Dois homens fantasiados, um segurando um facão e o outro carregando uma barra de ferro.

Ele havia desenhado os dois assassinos caracterizados e me mostrou. Um arlequim vestindo roupas cor de vinho e usando uma máscara teatral branca e um "coelho gigante" vestindo uma roupa de palhaço.

Chegando lá, ele, tremendo de medo, apontou para os dois corpos que jaziam no chão repletos de sangue ao redor e trucidados no rosto. Eram atores.

- E o que é mais estranho... - dizia ele. - ... é que estes homens vestiam as fantasias que os assassinos usavam! Interpretavam aqueles personagens.

Dias depois, a investigação finalmente se concluiu e a polícia me enviou todas as informações que eu precisava. Um dos criminosos, o arlequim mascarado, foi encontrado "morto" nas proximidades do teatro. No entanto, a polícia tinha constatado que, ao tocar nele, não sentiram algo sólido... apenas era a fantasia largada. 

Minha conclusão foi imediata e convicta, mas todos custaram a acreditar.

Aqueles homens foram mortos por suas próprias fantasias... possuídas e amaldiçoadas. 


FIM... por enquanto! 


Nota do autor: O personagem já havia sido introduzido antes, tendo sua primeira aparição ocorrida na edição 14.


*A imagem aqui publicada é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais. 

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