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Mostrando postagens de novembro, 2015

Contos do Corvo #12

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Ainda que se mantivesse relutante, lá estava o coveiro, de pé em frente à lápide na qual o corvo estava em cima. Parecia pensativo... hipnotizado por algum devaneio profundo. A ave notara seu estranho comportamento e inclinou a cabeça para um lado, estranhando. - Algum problema? - perguntou ele, surpreendentemente preocupado. O coveiro mal o escutou. - Ah sim! - disse ele, animado. - Está esperando que eu conte uma outra história! Não é? Nenhuma resposta. O corvo ficara constrangido por não receber atenção. A menina chegara apressadamente, quase correndo. - Olá senhor coveiro! - passou por ele, sem perceber seu estado. - Você acaba de falar com o vento. - brincou o corvo. - O velho virou estátua. A menina virara-se para ele e franziu as sobrancelhas. Balançou levemente a mão diante do rosto enrugado do homem. Logo ela deu um sorriso malicioso, dando-se conta do que realmente era. - Ele estava assim quando você chegou? - perguntou ela, fingindo surpresa. - Bem...

Crítica - Ouija - O Jogo dos Espíritos

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Divulgação: Universal Pictures. FICHA TÉCNICA: Direção: Stiles White Roteiro: Julie Snowden, Stiles White. Gênero: Suspense, Terror. Duração: 89 min. Distribuição: Universal Pictures. Ano de lançamento: 2014. Elenco: Olivia Cooke, Shelley Hanning, Daren Kagasoff. Voltando a brincar de reviewer por aqui, meio que com saudades de avaliar as obras cinematográficas que mais chamam minha atenção - seja na TV ou na internet. Meu alvo desta semana foi um terror lançado há quase um ano, cuja premissa é baseada na adaptação da famosa lenda do jogo do copo, abordando sua versão melhorada que é o tabuleiro Ouija. Que o gênero hoje em dia se sustenta com clichês que causam mais indignação do que medo, é um fato irrefutável. Antes de dar uma conferida neste longa, eu dei aquela amenizada nas preocupações sobre assistir a um filme cujo gênero está em evidente decadência e carece de inovação. Esta sensação durou tão pouco quanto os (poucos) bons momentos do filme. A trama é bastante

A peça que não falta

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"Você não nasceu para viver junto deles". "Você não deve se curvar à eles". "Você não é igual à eles". Palavras que transbordam da mente, para depois o silêncio as liquefazer e jorrarem nos olhos o manancial frio e amargo das lágrimas ou nos profundos danos da pele para derramar a cachoeira escarlate e fervente. Jurei à mim mesmo que nunca me rebaixaria a ponto de pegar um dos cacos espalhados e expurgar esta alma que não passa de uma peça de um quebra-cabeças que não existe em nenhum outro lugar. "Mas pra quê se mortificar estando no inferno? Não faz sentido!", ela diz à mim. Anestesiei minha dores, mas certas feridas ainda lancinam meu corpo. Podem usar os cacos que espalhei para magoa-las e abri-las ainda mais, não passam de corrompedores e imundos, com o único intuito de abrir todas as portas que deveriam se manter trancadas. Tentem enquanto ainda lhe restam forças. A dormência tomou conta deste fraco receptáculo de uma alm

Nem tudo é o que parece #25 (Especial - Frank: O Caçador)

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Bem, esta não é uma auto-biografia, não quero cansa-lo com minhas várias aventuras mundo afora - principalmente com as que não envolvem meu trabalho. Exerço uma peculiar profissão escondido de certas pessoas que me dão seus valiosos votos de confiança - sim, as ditas "normais". É como um super-herói tentando manter sua identidade secreta como ela exatamente deve estar. Uso um codinome chamado Frank, então, obviamente, as pessoas que comigo trabalham não sabem meu verdadeiro nome... e nem mesmo você irá saber, mas acho que posso pensar nesse caso. Me aventuro pelos quatro cantos do mundo, recebendo inúmeros chamados por dia - não vou apontar um número exato de quantas ligações recebo, isso é trabalho da minha assistente, Carrie, mas ela não fará isso pois não tem espaço pra ela neste texto (Brincadeira Carrie, reconheço seu valor, adoro você). Possuo uma certa fama de versátil, sou bom em manejar várias armas, dominar diversos métodos... e matar incontáveis criaturas de d

Demônios à minha volta

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Vejo a luz do amanhã afortunado se apagar na lentidão dos dias. Sinto meus pés trilharem um caminho que não escolhi. Sinto minha mente estar me soando um alerta. Este pobre peregrino sombrio apenas deseja encontrar alguém, cujas similaridades com ele o façam reacender uma única fagulha de esperança enquanto ainda vivente neste mundo condenado à ruína, enquanto ainda se mantém respirando este ar pútrido, enquanto ainda caminha por este solo infértil. A busca que se jurou incansável terminou rapidamente, sem nenhuma vitória. Estou sozinho. Minha mente conduz meus devaneios mais profundos a ideias que julgava inconcebíveis. Essa perspectiva recém-adquirida - fortificada por um oceano tóxico de decepções, injustiças e desilusões - está tentando me fazer ver uma realidade que eu deveria enxergar... para meu próprio bem. A solidão me ensinou a observar a realidade do modo mais frio possível. Em uma escola de um só aprendiz. O sino começa a soar novamente... vibrando as barreiras q

Calendário das estreias!

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Novas aventuras, novas histórias, um verdadeiro prato cheio para quem aprecia a boa leitura de ficção. Confira abaixo as datas de estreia dos próximos lançamentos, bem como suas sinopses. Sendo eles, três séries novas e uma renovação.                           _______________________________________________________ Survival Game (1ª Temporada) Sinopse: Mike Hoffman, um estudante pré-universitário ainda cursando o último ano do ensino médio e socialmente rejeitado, misteriosamente recebe uma encomenda inesperada: Um jogo de vídeo-game do gênero "Terror", o qual jamais ouvira falar. Após se convencer de que o console é autêntico, cuja caixa possui apenas o título "Revelations", Mike vê naquele entretenimento uma diversão descompromissada comum para fugir do tédio constante. O jogo, como um todo, consiste no objetivo de enfrentar criaturas sobrenaturais conhecidas das lendas urbanas ao mesmo tempo em que é necessário matar outros personagens humanos, os

10 melhores frases de Capuz Vermelho (Temporadas 1 e 2)

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Capuz Vermelho tornou-se uma série bastante querida por mim e a prova dessa admiração se refletiu na escrita dos capítulos publicados até o momento. Em apenas duas temporadas várias coisas aconteceram: destinos inesperados, revelações surpreendentes, lutas, sangue, risos, lágrimas, mortes, encontros, reencontros, despedidas... Enfim, tudo o que uma trama desse peso tem a oferecer e eu espero continuar dando seguimento a esse universo por mais tempo, enriquecendo-o e tornando-o único do jeito como ele deve ser. Mas, enquanto isto não acontece, confira abaixo uma seleção de frases ditas pelos personagens durante as duas primeiras temporadas: 1 - Um "interruptor" emocional  "O meu medo é apenas o demônio interior que alimento quando não há saída e o faço adormecer quando enfrento aqueles que me ameaçam." - Rosie Campbell. 2 - Não é da sua conta "Meu diário, minhas experiências, meus segredos. Nada que você precise saber."  - Rosie Campbell. 3 -

Capuz Vermelho #24: "Cerimônia do despertar (Parte 2)"

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Nota do capítulo: Partes em itálico representam flashback ou menções específicas. CAPÍTULO 24: CERIMÔNIA DO DESPERTAR (PARTE 2) - Você sabe por que me chamo Mollock? - perguntara o rei ao homem enjaulado e decadentemente largado naquele chão de terra seca e sem vida.  Ele o encarou com uma frieza que, àquela altura, já estava tornando-se exaustiva. A única expressão com a qual podia vê-lo, não havia outra.  - Por que está perguntando à mim quando você é quem deveria responder? - retrucou ele, desinteressado.  A besta de um aspecto demonicamente canino suspirou de olhos fechados parecendo forçar seu fraco mecanismo que bombeava a calma e a paciência necessárias. Ao abri-los, seu olhar converteu-se em uma austeridade ameaçadora.  - Há poucos instantes, descobri minha origem. - dizia ele, deambulando pelo cubículo terroso de um lado para o outro. - Foi em um livro utilizado por seres humanos fêmeas que adotaram práticas de idolatria a um deus chamado Hades. Por seus ritos