Crítica - Assassination Classroom (1ª Temporada)

Divulgação: Yuusei Matsui/ Shueisha 
Algumas informações prévias para quem ainda não conhece: 

Ansatsu Kyoushitsu (Classe de Assassinato), também conhecida como Assassination Classroom é o título de uma série de mangá escrita e ilustrada por Yuusei Matsui e que foi publicado pela editora Shueisha e serializada na revista semanal Weekly Shõnen Jump. Uma adaptação em formato anime foi anunciada na Jump Super Anime Tour (6 de Outubro - 24 de Novembro de 2013). O anime começou a exibição na Fuji TV em janeiro de 2015.

Via Wikipédia

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Semana passada pude, enfim, terminar de assistir à esta grande produção do universo anime. No início, relutei bastante em vê-lo, mas não por uma má primeira impressão e sim por questão de outras opções disponíveis, mas, de fato, era um dos animes que eu pretendi reservar para este ano e assim ocorreu e agora é seguro me unir ao coro de vozes que o elogiam como um dos melhores do ano passado. Minhas críticas 99% favoráveis geralmente costumam ser curtas, então com esta não será diferente (devido também à preguiça típica de segunda-feira).

Bem, após o término de Erased, selecionei AC como substituto.

Minha grade era:

AC: Segundas, Quartas e Quintas.
Hunter X Hunter (Remake/2011): Terças, Quartas (dobradinha com AC) e Sextas.

2 animes inéditos com 3 episódios por semana. Na verdade, ainda mantenho dessa forma, pois ainda estou acompanhando HxH (saga Chimera Ants), mas ainda penso em torna-la fixa, é o modelo mais organizado que consegui inventar (modéstia à parte, melhor do que o da PlayTV rsrs), é mais confortável.

Agora chega de enrolação, vamos direto ao ponto com os prós e contras(?) deste divertido anime:


Prós

Koro-sensei: Claro, seria até injustiça de minha parte começar os pontos positivos desta série sem primeiramente citar o carismático antagonista principal. O personagem que claramente destoa do restante dos personagens na imagem mais acima é um alienígena - um polvo amarelo gorducho humanóide - que destruiu metade da lua e passa a agir como professor da renomada escola Kunugigaoka, especificamente da discriminada Classe 3-E - onde ficam alunos que possuem um histórico de notas baixas -, onde treinam-os para... mata-lo. Caso nenhum deles consiga tal proeza dentro do prazo de 1 ano, Koro-sensei (nome idealziado por reduzirá a Terra em poeira cósmica. Nada de naves espaciais, lasers, humanos equipados com armamentos pesados e inovadores, nem clima demasiadamente sério, sombrio, dramático, nem nada de elementos clichês da boa e velha ficção científica. Koro-sensei torna este anime diferente de tudo já visto sobre invasões alienígenas. A presença de Koro-sensei é ocultada de boa parte da população por uma razão óbvia, então ele é chamado pelo professor Karasuma a lecionar em uma sala de alunos desprezados para transforma-los em assassinos profissionais bem como também torna-los melhores como estudantes. Eis a piada pronta: Koro-sensei, apelão ao extremo, é invulnerável à armas cujos efeitos são letais à seres humanos. Em outras palavras, não pode ser morto por métodos comuns, o que exige dos alunos mais inventividade - como aquelas facas verdes de borracha que os alunos utilizam, só pra começar. Mesmo com sua personalidade amigável para com os demais personagens, Koro-sensei deve sim ser encarado como o vilão principal e, sem dúvidas, um dos mais bem desenvolvidos do anime. Boa parte de suas cenas e falas são indispensáveis.

Nagisa: Vendo o primeiro episódio, a pergunta que martelou minha cabeça foi: "É homem ou mulher?". À medida que o anime avança, você percebe que tal confusão foi propositalmente inserida, fazendo com que até mesmo os personagens brincassem com esse detalhe, rendendo boas risadas - não revelarei em qual episódio para não sair atirando spoilers profundos. Nagisa é o típico personagem de anime Shounen no qual quase ninguém põe fé em seu progresso e quando finalmente o obtêm causa perplexidade à todos. Inteligente, esteve atento aos pontos fracos demonstrados por Koro-sensei e os anotava, praticamente tornando-o uma espécie de consultor para quando os outros quiserem saber das fraquezas. Senti que ele desenvolveu uma maior ligação com Koro-sensei em relação aos demais e seu desenvolvimento como personagem principal foi satisfatório, ainda mais para um Shounen que tenta seguir na contramão.

Karma: O anti-herói de cabelo vermelho veio para causar e roubou a cena já em sua primeira aparição. Com ares de rival do protagonista - no caso Nagisa, embora viu-se o oposto -, Karma ganhou o merecido destaque por sua inteligência, ousadia e habilidade, mostrando-se um dos mais promissores a acabar com a raça do Koro-sensei. De fato, neste tópico, é o terceiro personagem mais marcante do anime.

Gráficos de animação/Design dos personagens: Como se não bastasse ser original em seu enredo, a série apresenta um traço único, combinado à paleta de cores que pode enganar a quem julgar o anime por uma só imagem e acabar adjetivando-o de infantil, o que uma boa conferida provaria exatamente o contrário. Todos os 22 episódios foram esteticamente bem produzidos.

Comédia dominante: AC teve lá seus momentos dramáticos, mas a comicidade prevaleceu em quase 100% da trama. E foi graças à comédia que o anime se valeu de toda sua condução divertida. Impossível não rir das pérolas do Koro-sensei e da personagem do próximo item...

Irina Jelavic (a.k.a. Bitch-sensei): Ela começa como mais uma candidata à assassinar Koro-sensei, até é possível dar um voto de confiança nela no início, mas depois de um plano estupidamente falível, você percebe o verdadeiro papel dela na série. Além de ser sacaneada pela maior parte dos alunos, sendo chamada de Bitch-sensei ("Professora vadia", em tradução livre), Irina convence mais como um funcional alívio cômico, em contraste com sua posição firme e séria em sua primeira aparição, embora a personagem ficasse um tanto apagada nos episódios finais.

Aberturas/Encerramento: A primeira abertura de AC tem uma sonoridade tão agitada quanto às imagens que vão passando (nunca vou entender a razão pela qual os alunos ficavam pulando, sorridentes, com os braços direitos erguidos), e diverte de certa forma... mas não tanto quanto a segunda abertura que tem uma pegada meio rock, vocais masculino e feminino e uma dancinha bem engraçada que pode significar algo relacionado à trama ou talvez não. Já o encerramento, que permaneceu fixo em toda a temporada, salva-se pela sua música agradável e mais calma, embora as imagens que se seguem destoem um pouco da temática.

Gakushu Asano e Akira Takaoka : Sobre o primeiro, mesmo eu achando o design do personagem pouco criativo (ele mais parece um irmão gêmeo do Karma) e sua funcionalidade para com a trama ter sido pouca, foi um dos vilões mais odiáveis, perdendo apenas para Takaoka (treinador contratado por Karasuma) que, em seu episódio de introdução, consegue enganar direitinho com sua pose de bom moço, habilmente disfarçando uma personalidade psicótica. Takaoka, inclusive, agiu como vilão nos episódios finais, nutrindo um intenso ódio por Nagisa, desejando uma revanche.


Contras 

Itona: Um personagem com ótimo potencial, mas fizeram ele "entrar mudo e sair calado", sem nem dar mais vestígios nos episódios finais. Dentre todos os personagens já apresentados nesta primeira temporada, Itona figura entre os que receberem menos destaque, ao lado de alguns estudantes da Classe 3-E que não passaram de meros figurantes de luxo.

 Kunudon  
Kunudon: Não se deixe enganar pelo rostinho feliz e infantil do mascote da escola Kunugigaoka. Uma pena o personagem não ter sido melhor utilizado em mais cenas rápidas. Pelo que deu pra ver em seus poucos momentos, Kunudon é comicamente multifacetado e também menospreza a classe 3-E.

Desvio dúbio: Os episódios finais da temporada (que compreendem a viagem da Classe 3-E até uma ilha paradisíaca - e lá planejam o próximo plano de assassinato) pareceram ser do tipo "barriga" (vulgo enche linguiça), causando um desvio de foco após o fiasco do brilhante plano dos alunos. O episódio final salvou com um desfecho feliz. As tentativas de assassinar Koro-sensei deram lugar à uma corrida contra o tempo para salvar os alunos de um vírus e conseguir a cura. O "modo de defesa" do Koro-sensei (permitindo ficar imóvel e menor, como se estivesse preso em uma pequena esfera de vidro reforçado) foi uma saída muito brusca para fazer estender a história, além de ter saído do foco - e a entrada naquele hotel ter sido pura perda de tempo, embora tenha valido para Nagisa mostrar a que veio com seu potencial como assassino e o porque de Koro-sensei manifestar preferência por ele). E sobre episódios "barriga", menciono o episódio do beisebol, o qual pode ser considerado filler.


Veredicto:

Imperdível. Eis a palavra definidora de Assassination Classroom. A comédia reina em absoluto, o que o torna um anime deliciosamente divertido, cuja trama não tem pretensões de se levar tão sério.


NOTA: 9,5 - ÓTIMO 

Veria de novo? Sim.



*As imagens acima são propriedades de seus respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos ou intenções relativas a ferir direitos autorais. 

Fontes das imagens: anmtv.xpg.uol.com.br 
                                     okinai.wordpress.com

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