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Mostrando postagens de abril, 2017

Nem tudo é o que parece #38 (Especial - Crianças)

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Ontem à noite eu pensei ter feito uma boa ação à alguém desajustado e carente, enquanto dirigia de volta pra casa, e como isso toca profundo no meu emocional não deixei passar batido. Ainda mais quando se vê uma garotinha toda suja de terra, ferida e maltrapilha. Ela parecia ter em torno de 8 ou 9 anos. Não resisti àquela mãozinha de "joinha" pedindo carona. Encostei, abri a porta e ela entrou, embora não agradecesse. Ah, era timidez de criança... normal. Durante o caminho tivemos uma pequena conversa: - Qual o seu nome? - perguntei, entusiasmado, meio que tentando anima-la, ela estava séria e calada. - Susie. - ela respondeu. - Então, Susie... O que aconteceu? - Não foi um acidente, se é o que tá pensando. De repente, ela notou meu canivete perto do porta-luvas e o pegou sem permissão. - Ei... melhor largar, pode se machucar. - Não é nada demais. Só quero emprestado. - ela disse, soltando uma lâmina e passando um dedo. - Pra quê? - perguntei, meio tenso.

Nem tudo é o que parece #37 (Especial - Falhas na Matrix #3)

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O que vou contar agora aconteceu há mais ou menos um ano e foi uma das razões que me levaram a doar meus antigos pertences à uma instituição beneficente, com exceção de um especial. Revirei uma caixa velha de papelão onde estavam guardadas algumas coisas que havia ganhado na infância e na adolescência quando fui à casa dos meus pais em mais uma das minhas visitas esporádicas. Tirei uma das caixas que ficavam em estantes na garagem e mergulhei na minha própria nostalgia com cada item que eu tirava. Era hora de levar para minha casa ou dar para as crianças carentes do orfanato do qual minha mãe é proprietária. Mas foi só encontrar o meu saudoso walkman para desfazer minha tentativa de escolha por um momento. E o melhor: Ainda funcionava. Bem, não exatamente como eu esperava, mas ligou. Bem, o que foi inesperado, na verdade, não era o fato de ter ligado após séculos em desuso, mas sim estar sintonizado numa estação de rádio que fechou há 10 anos!  Estava tocando "Bring Me To

Baú Nostálgico #13: Dick Vigarista & Muttley (Esquadrilha Abutre)

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                                                                                  ANTES Conheci essa dupla assistindo á série anterior, Corrida Maluca (honestamente fiz uma pesquisa rápida pra saber qual desenho veio antes), nas manhãs do Bom Dia e Cia e só no mais tardar, em idos de 2007, há exatos 10 anos, foi que pude acompanhar as aventuras aéreas desses divertidos personagens mais diariamente. Fiquei meio surpreso ao ver o ano de lançamento da série: 1969. Podia jurar que se deu por volta dos anos 80 ou até mesmo nos 90 devido à paleta de cores passar longe de me fazer ter a impressão de ser algo tão antigo. Indubitavelmente, Muttley era a estrela número 1 do show, seja pelo fato de ser um cão antropomórfico falante - porque em meu ver personagens assim geralmente costumam ser mais carismáticos, vide Scooby-Doo, Coragem e Pica-Pau - ou por sua icônica risada sarcástica, ele, de fato, chegava ao passo de ofuscar o infame e mal-humorado Dick Vigarista e o fazia com louvor. E

Mais 50 fatos sobre mim

Hello, ghosts! Pois é... achei válido reconsiderar escrever esta segunda parte, porque meu TOC me forçou a aceitar que 100 fatos divididos em duas postagens é melhor do que uma. Então por que só agora, Lucas? Em um instante de pura divagação acabei lembrando que eu havia feito uma lista do tipo e fui dominado pela vontade de completar a bagaça. Para você que não viu a lista postada em 2015, eis o link: https://universoleituracontoscreepys.blogspot.com.br/2015/06/50-fatos-sobre-mim.html Agora confira abaixo mais uma seleção (sim, obviamente não fiz essa continuação com o intuito de ser bombasticamente revelador, destrinchando meus segredos mais obscuros rsrs, mas não duvide que esta parte se aprofunda um pouco mais em relação a anterior): 51 - Assim como é para muitos, a vinheta do Plantão da Globo me proporciona uma sensação verdadeiramente ruim.  52 - Eu pulo alguns exercícios de perna na academia.  53 - Tenho pavor da eclosão de uma nova Guerra Mundial, especialmente

Quando não me dão o devido valor

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Prazer, meu nome é Stella, tenho 24 anos, e sou uma cineasta aprendiz praticamente em ascensão por alguns trabalhos expostos nos últimos 7 meses, sendo três deles um divisor de águas na minha carreira ao me garantirem uma vaga no concurso de curtas da universidade. Tremi de felicidade quando me deram a notícia. Minha família, pela primeira vez em anos, se orgulhou de mim. Bem, só restava uma pessoa tão importante quanto eles que precisava ser convidada para minha apresentação. Eu considerava a irmã que minha mãe não pariu. Caroline e eu éramos como almas gêmeas, do tipo de amigas que não se desgrudavam por nada que acontecesse para nos separar, sempre fomos muito fortes juntas. Ela verdadeiramente me apoiava, fazendo questão de me ajudar com o material, que era boa parte pago por ela... ai, eu tinha a tanto a retribuir! Mas me veio outro susto nesse dia. Nem sequer passava pela cabeça a possibilidade da Carol se unir ao grupo de jurados que avaliariam os candidatos ao prêmio q

Baú Nostálgico #12: Caverna do Dragão

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                                                                                    ANTES E chegou a hora de falar desse clássico dos 80, mas antes de mais nada devo afirmar que não tive a sorte de viver a tal época, acabei por nascer em meados dos anos 90, mais precisamente em 1995 (logo possuo 21 anos na cara e nas costas), portanto minha experiência com a série se deu a partir de algum momento de 2005 ou 2006 na saudosa e falecida TV Globinho. Até confesso que houve um certo incômodo inicialmente pelo início do desenho ter soado relativamente antinatural, com aqueles seis jovens perdidos num mundo mágico repleto de dragões e outros elementos do RPG (fonte da qual a obra televisiva bebeu), ansiando por encontrar um portal ou um buraco que os levasse de volta para casa. Haviam muitos porquês, o que dava a sensação de incompletude. Em linhas gerais, a pergunta que não calava era: "De onde isso começou?" (sim, eu sei que foi num parque de diversões, e não custava mostra

Dedetizador Reverso

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Bem, eu me chamo Nathalie, e a razão de escrever esta mensagem é que passamos de uma família com um sonho de uma vida feliz e na mais plena paz para uma família desesperada numa situação desesperadora. Enlouquecedora, aliás. Pra começar, me mudei com meus dois filhos para o interior da cidade em busca de viver tranquilamente, enfim, você sabe... motivos bem clássicos para alguém se distanciar do cheiro da cidade grande, coisa bem clichê. No meu caso, foi com relação ao meu marido que saiu do país à caminho de um novo e rentável trabalho, e com meu desemprego minha atividade temporária como manicure não seria suficiente para pôr tudo nos eixos e vim para cá onde tenho parentes que vivem aqui por perto.  E já fazem exatamente 8 meses, matando um dragão por dia para sustentar essas pobres crianças.  Porém, sempre chega uma hora que o universo te dá uma bela de uma rasteira para te convencer que até sua estabilidade de rotina é temporária.  Foi numa tarde, eu estava preg

Baú Nostálgico #11: Scooby-Doo

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                                                                                    ANTES Talvez na linha de edições a partir desta até a vigésima eu dê maior enfoque aos cartoons e desenhos clássicos dos anos 70, 80, 90 e 2000, já que na anterior foram majoritariamente animes, mas farei o possível para incluir ao menos um ou dois. Isso se dá pela razão de que eu queria muito começar a discorrer a respeito dessas animações cômicas que ficaram gravadas na memória e no coração. Tendo isso em mente, qual o melhor jeito de iniciar essa "nova temporada" do BN do que falar sobre Scooby-Doo? Esse Dog Alemão me fazia rir muito das suas estripulias noite após noite, nos longínquos anos de 2003 e 2004, que foi quando a época exata onde passei a acompanhar a série clássica de 1969 ( Scooby-Doo, Where Are You ) no SBT e ali o amor nasceu. O cerne da narrativa fisgou meu interesse por ser visto por mim como inédito pela fórmula apresentada. Um grupo de 4 adolescentes - ou jovens e

O vidente e o telepata

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Essa história se passa em um mundo/universo onde pessoas raras promovem interações que podem - ou não - gerar resultados surpreendentes. Dois homens comparecem a um bar lotado em uma noite comum de sexta-feira e, inesperadamente, se esbarram. Um é telepata, já o outro é um vidente. Conversa vai, conversa vem, ambos nem percebem que ficaram amigos tão de repente. Seria natural perguntar: "O vidente não teria, em algum momento, previsto o esbarrão e evitaria contato visual com o telepata caso passasse por ele? Por que ele permitiu que ocorresse o contrário? Ou já sabia que ficariam amigos?" A resposta é: Ele não sabia. Para melhor entendimento, aqui vão alguns conceitos sobre o vidente: 1) Sua habilidade é limitada. Ele só pode realizar 8 previsões por dia. 2) A maior parte dos eventos previstos são de coisas relacionadas à seus problemas pessoais. Qualquer eventualidade à parte escapa à sua previsão. 3) Como está concentrado em sua vida, suas visões geralmente e

Capuz Vermelho - A Enciclopédia: Localizações (Parte 6)

AVISO: *Não veja esta postagem se ainda leu nenhum capítulo desta série ou uma temporada inteira. Caso o contrário, poderá se deparar com SPOILERS.   ______________________________________________________________________________ Waytehaal Pacata cidade onde a prática e o estudo da alquimia são totalmente legalizados, além de ser o lar onde a personagem Êmina Flower nasceu e viveu até ingressar no Colégio dos Caçadores - e a segunda cidade fictícia a ser revelada na história. O fundador da denominada "Cidade da Alquimia" é o mesmo de Raizenbool. Os nomes pertencem à dois falecidos e grandes amigos do fundador que morreram antes de aprovada a legalização da alquimia poucos dias depois da abertura da cidade, em um protesto organizado por religiosos que abominavam a peculiar ciência, evento este que culminou em violência e morte, sendo a partir de então conhecido como "Dia do Orgulho Alquimista" em referência à vitória da comunidade alquimista em uma votação

Capuz Vermelho #37: "O Voo da Fênix"

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"E assim, rendida ao seu destino, a alma infortunada já não se sente mais parte do mundo que criou para se refugiar de seus próprios medos. Agora ela alcança novos horizontes... perdida e atormentada em memórias que tentam força-la a abraçar aquilo que sempre teve medo. Não existe nada que possa barra-la. Nada que possa impedi-la de voar sem rumo em busca de uma cura para seu mal... ou encontrar nesta aventura às cegas um jeito menos terrível de sucumbir à morte."                                                                                           Trecho do Diário de Rosie Campbell; Pág 105(final).       _____________________________________________________________________________ Grande Londres; 22h50.  Os canos daquelas metralhadoras de pesado calibre estavam apontados diretamente, à uma pequena distância, para a testa do recepcionista que se limitava a encarar os malfeitores com um olhar de pupilas nervosas em genuíno pavor, sua face empalidecida e sua boca